Procurado pela Interpol foi condenado no DF por atuar em fraudes
James Marciel de Sousa integrava um grupo criminoso que clonava cartões de crédito
atualizado
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A coluna apurou que James Marciel de Sousa Oliveira (foto em destaque) — o brasileiro com cargo comissionado no Distrito Federal que aparece como procurado na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) — está na mira da Justiça há, pelo menos, duas décadas.
Em outubro de 2005, o homem foi preso no Aeroporto Internacional de Brasília quando fazia check-in para embarcar para outro estado na companhia de, pelo menos, cinco homens. Segundo a investigação, o grupo seguiria para outro estado com o objetivo de testar equipamentos destinados à clonagem de cartão de crédito.
Nas bagagens dos homens, os agentes da polícia encontraram, ainda, a quantia de R$ 6 mil, separadas em diferentes “bolos” de notas.
À época, James confirmou à polícia que a quadrilha pretendia clonar cartões de crédito e bancários e iriam viajar para testar os equipamentos em outros Estados.
Em 2006, o grupo foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal E territórios (TJDFT) por ter, em data imprecisa, formado uma quadrilha com o fim de cometer crimes de estelionato e furto, por meio de clonagens de cartões de crédito e bancários.
O procurado pela Interpol foi condenado a um ano e seis meses de reclusão.
Fraude na Argentina
Com nome listado na difusão vermelha da Interpol, James teria cometido o mesmo crime em território argentino. No país vizinho, ele é procurado pelos crimes de associação ilegal e fraude especial para uso de dados de cartões de débito e/ou crédito de terceiros, conforme apurou a coluna.
Cargo público no DF
A coluna descobriu que, mesmo procurado internacionalmente, James tem cargo de assessor da Diretoria de Articulação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codes-DF), tendo sido nomeado em outubro de 2024, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
A coluna esteve no órgão, na manhã desta quarta-feira (11/6), e constatou que o homem trabalha no local. Por volta das 16h, a istração oficializou a exoneração por meio de uma publicação em edição extra do Diário Oficial do DF.
Segundo o portal da transparência, no mês de abril, o homem recebeu salário bruto de R$ 4 mil pelo cargo de assessor na istração regional do Plano Piloto.